25/10/2009 - 21:31

Encontro da Red de Universidades Lectoras abre os eventos paralelos da 13ª Jornada de Literatura de Passo Fundo


Foto: Cláudio Tavares
A coordenadora geral das Jornadas Literárias, Tania Rösing, fez a abertura do Encontro

A 13ª Jornada de Literatura de Passo Fundo será aberta oficialmente nesta segunda (26), às 19h30, no Circo da Cultura, na Universidade de Passo Fundo (UPF), mas os debates que vão movimentar a edição deste ano começaram na noite deste domingo. Com a presença de acadêmicos da Espanha, Portugal e Brasil, teve início o Encontro Internacional da Red de Universidades Lectoras, no Itatiaia Premium Hotel.

Na solenidade de abertura do Encontro estavam presentes Jocarly Patrocínio de Souza (presidente da Fundação UPF), Eliane Colussi (reitora em exercício da UPF), Eloy Martos Núñez (Universidad de Extramadura), José Castilho Marques Neto (Plano Nacional do Livro e Leitura), Ezequiel Theodoro da Silva (Unicamp), Tania Rösing (coordenadora geral da Jornada), Fabiano dos Santos (Livro e Leitura do MinC), além do escritor Ignácio de Loyola Brandão e de vários outros representantes de universidades ibero-americanas e brasileiras.

Realizado pela primeira vez no Brasil, o evento tem por objetivo promover a troca de experiência entre as instituições de ensino participantes da Red e coordenar ações em relação à escrita e à leitura na universidade. No discurso de abertura do encontro, a professora Tania Rösing destacou a participação de várias instituições e empresas para a realização de mais uma edição da Jornada. Na ocasião, a coordenadora fez o lançamento do livro “Prácticas de Lectura y Escrita”, escrito em parceria com Eloy Martos Núñez e publicado pela Editora da UPF e a Red.

Eloy Martos Núñez, professor doutor da Universidad de Extremadura, na Espanha, e coordenador da Red, destacou a importância de as instituições de ensino recuperarem a cultura letrada, qualidade que vem se perdendo dentro das universidades ao longo dos anos, especialmente com o advento da internet. Para ele, é preciso encontrar uma forma de diálogo entre a cultura letrada e a cibercultura, a fim de que a universidade volte a cumprir seu papel na sociedade. “Além da produção e difusão do conhecimento, as universidades têm uma missão social e devem, sobretudo, incentivar o pensamento crítico no meio acadêmico”, ressaltou Martos Núnez.

O coordenador do Plano Nacional do Livro e Leitura, José Castilho Marques Neto, falou das dificuldades de implantar uma política pública de promoção da leitura num país de dimensões continentais e de tantas diferenças sociais como o Brasil. “A formação de leitores passa necessariamente pela democratização e pela valorização social do livro e da leitura. “Mas só conseguiremos isso se trabalharmos conjuntamente ações nas áreas da Educação e da Cultura”.


Assessoria de Imprensa Jornada Literária