Foto: Tiago Lermen

Tholl encantou o público presente com o show de abertura

A magia do circo, com seus malabaristas e contorcionistas, deu as boas-vindas aos milhares de leitores que lotaram o Circo da Cultura para a abertura da 13ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo nesta segunda-feira (26). A movimentação cultural destaca neste ano o tema “Arte e tecnologia – novas interfaces” e vai receber 22 mil leitores, crianças e adultos, e 130 autores e pesquisadores, até o próximo dia 30 de outubro. Um livro-robô e um espetáculo especialmente preparado pelo grupo Tholl foram as grandes atrações da solenidade inicial, que teve ainda o Coral da UPF. O ministro da Educação Fernando Haddad foi o participante de honra, assim como o autor homenageado desta edição, Pedro Bandeira.

A coordenadora das Jornadas Literárias, professora Tania Rösing, deu as boas-vindas aos que já estão participando da celebração da cultura, das artes, da vida e da solidariedade. “Nem a crise mundial ou nacional, a gripe suína ou a primavera chuvosa, nada foi maior do que a vontade de realizar esta Jornada”, destacou, lembrando que ninguém faz nada sem amigos. “Temos amigos especiais, autoridades políticas, empresários e batalhadores anônimos que se empenharam e viabilizaram a Jornada”. Com o já tradicional “respeitável público: o circo das letras, das artes e da tecnologia se abre e o espetáculo vai começar”, Tania Rösing abriu oficialmente a movimentação cultural.

Aplaudido pelo público em diversos momentos, o ministro Fernando Haddad caracterizou as Jornadas como “extraordinárias, um exemplo a ser seguido”. De acordo com Haddad, o evento é paradigmático e deve contar com apoio governamental. “Passo Fundo dá seu apoio inestimável ao país ao sediar a Jornada, um exemplo de boa prática na área da educação”, enfatizou. Para Haddad, o Brasil tem ainda um longo caminho para democratizar o acesso ao livro e à leitura.

A reitora em exercício da UPF, Eliane Colussi, lembrou que a instituição - uma das promotoras da movimentação literária-, articula na prática o ensino, a pesquisa e a extensão. “Cumprimos com as diretrizes e políticas do MEC por acreditar que são acertadas em sua maioria. Temos compromisso com a formação de professores e há mais de cinco anos oferecemos gratuidade de 50% nas licenciaturas”, disse, dirigindo-se ao ministro Haddad.

O prefeito de Passo Fundo Airton Dipp observou que a Jornada tem projetado a UPF e também o município, que é Capital Estadual e Nacional da Literatura em função dela. Conforme o deputado federal Beto Albuquerque (PSB), Passo Fundo tem o melhor em literatura para se oferecer no país. Já o deputado estadual Luciano Azevedo (PPS) relembrou que há quase 30 anos, quando a Jornada foi criada, nem os mais otimistas imaginavam que ela se transformaria no que é hoje. “O melhor que temos a fazer nessa Jornada que se reinventa é dizer obrigado a todos os que a fizeram acontecer”, justificou Azevedo.

O presidente da Câmara de Vereadores, Diógenes Basegio, pontuou que Passo Fundo tem demonstrado ao mundo que há como construir uma sociedade mais justa e igualitária. Segundo o presidente da Fundação UPF, Jocarly Patrocínio de Souza, a Jornada é a concretização do papel comunitário da UPF, que a promove num esforço conjunto com a Prefeitura.

A secretária Estadual da Cultura, Monica Leal, disse que o Estado se orgulha de ter no calendário oficial as Jornadas Literárias de Passo Fundo. Outras autoridades políticas, acadêmicas e comunitárias se fizeram presentes no Circo da Cultura, para acompanhar a abertura do evento.

Entrega de prêmios e homenagens
A noite de abertura das Jornadas teve a entrega de dois prêmios especiais: o Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura ao escritor Cristovão Tezza, pelo livro “O filho eterno”; e ao contista Éder Rodrigues, de Belo Horizonte, que com os contos “Quando o desejo passou por aqui”, “Primeira página” e “Último domingo ao mar” foi o vencedor do 11º Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães.

Homenagens especiais aos que fizeram parte da história das Jornadas também foram realizadas. Inicialmente os estudantes Roberto Zanatta e Pietro Albuquerque, ambos in memorian, foram homenageados por meio de seus familiares, os mesmos que lançam nesta terça-feira livros deixados pelos estudantes como prova de sua dedicação à literatura. Na sequência, a professora Dalva Bisognin, que há muitos anos contribuiu com a organização da Jornada, recebeu um Troféu Vasco Prado por sua dedicação e, ao mesmo tempo, entregou o mesmo troféu ao autor homenageado desta edição, Pedro Bandeira.

Após a solenidade de abertura e entrega de prêmios o público acompanhou a conferência Geração Homo Zappiens, do holandês Win Veen.

Programação
A programação da 13ª Jornada Nacional de Literatura continua nesta terça-feira (27), com a abertura dos eventos paralelos e da 5ª Jornadinha Nacional de Literatura. Detalhes no site www.jornadadelitetaura.upf.br.