As loninhas literárias da 5ª Jornadinha Nacional de Literatura contagiam os pequenos leitores. Nesta tarde do dia 28 de outubro, participaram dos encontros autores de grandes obras infantis. Um dos destaques do dia foi o autor Gian Calvi ao lembrar aos jovens estudantes a importância de se preservar o meio ambiente em que vivemos.

Os escritores responderam as perguntas de crianças de escolas locais e da região. Alunas da terceira série da Escola Estadual de Ensino Médio Frei Caneca, da cidade de Guaporé, Nataly Moraes e Daniele Tremarin, de oito anos, gostaram muito de participar da Jornada, principalmente conhecer o autor Pedro Bandeira. “A Jornada é muito legal e interessante. Adorei conhecer o Pedro Bandeira que me deu seu autógrafo” falou entusiasmada a jovem Daniele.

O evento faz parte da programação do maior movimento literário do país, a 13ª Jornada Nacional de Literatura, que acontece até 30 de outubro no Campus I da Universidade de Passo Fundo (UPF).

Conheça os autores participantes:
Anna Cláudia Ramos é escritora e ilustradora. Em uma das histórias contadas às crianças, ela revelou que queria ter nascido em uma fazenda; mas como nasceu no Rio de Janeiro, então inventava sua própria fazenda. Anna conta que como cresceu, encontrou nas histórias uma forma de continuar inventando outros mundos. Ela é autora de “As Marias” e outros.

Hermes Bernardi Jr. é escritor e contador de histórias. Inventou, quando criança, um avião em cima de um cinamomo e lá viajava e imaginava muitas coisas. São dele as obras “E um rinoceronte dobrado” e “Planeta Caiqueira”.

Ignácio de Loyola Brandão é jornalista, escritor, roteirista de televisão e cronista. Nas lonas da Jornadinha, contou uma história sobre como ele e seu grupo de amigos queriam mostrar que o escorpião provaria do próprio veneno se fosse colocado em um círculo de fogo. A história contada por Loyola está no livro “Os escorpiões no círculo de fogo”, lançado neste ano.

Fernando Vilela é designer, artista plástico, escritor e ilustrador. Sua diversão é ler. Nos livros encontra inspiração para seus desenhos. Foi premiado em 2004 pela ilustração do livro “Ivan filho-de-boi”, de Maria Tenório.

Flávio Paiva é escritor de livros infantis e jornalista. Para a Jornadinha, trouxe a mulher e os filhos. Segundo ele, suas histórias são aquelas que ele viveu ou que outras pessoas viveram. Outras histórias que foram inventadas na infância e esquecidas são os filhos que o fazem relembrar. Seu primeiro livro tem apenas um exemplar. É um diálogo escrito em folhas de um caderno.

Marilda Castanha é escritora e ilustradora. De forma criativa, trouxe uma tecnologia diferente para apresentar às crianças: um computador de papelão, que despertou muito interesse. Para ela, este computador nasceu do mesmo lugar de onde nascem as ideias e se torna mais prático do que um computador normal, pois precisa só de ideias para servir.

Gian Calvi é italiano radicado no Brasil, trabalhou com direção de arte e de criação de televisão e agências publicitárias. Em sua breve explanação, afirmou que todos são criativos, basta colocar as ideias no papel. Disse que tinha um amigo que gostava de malandragem e que um dia se perguntou por que a onça era pintada. Dessa relação surgiu a história que pode ser encontrada em “Agora estamos em Paz”.

Ivan Zigg é um artista múltiplo, compõe e interpreta suas próprias músicas e faz sucesso entre os pequenos. Com seu jeito irreverente de se vestir e a genialidade com que consegue chamar a atenção do público infantil, prendeu a atenção das crianças da Jornadinha com uma música que conta a história do livro “Na porta da Padaria”.

Odilon Moraes tentou ser arquiteto, mas descobriu na ilustração sua vocação. Acredita que os livros não são escritos apenas com palavras, mas que podem ser escritos, também, com palavras. È um escritor de desenhos. Na vida e tudo o que nela acontece, encontrou inspiração para “Pedro e Lua”, um dos seus livros.

Jotáh é ilustrador e autor. Um dos seus livros, inspirado em sua infância, é “Zeca Catatrecos”. É a história de Zeca, que catava trecos e inventava brinquedos como reco-reco. A história de Zeca se assemelha à de José Roberto de Carvalho ou Jotáh, que catava papéis na rua. Ele colaborou com as criações como Aladim, Turma da Mônica e Castelo Ra-Tim-Bum, além de ilustrar livros de Ana Maria Machado e Ruth Rocha.

Mario Bag tentou ser músico de rock, mas a carreira de ilustrador foi mais promissora. Escreveu os livros “Histórias aumentadas” e “13 lendas brasileiras”. Neste último, buscou inspiração entre as personagens de histórias como as de Monteiro Lobato e Ziraldo.

Guilles Eduard foi arquiteto, saxofonista, ator e cenógrafo, mas trabalhando em uma livraria infantil do Museu do Louvre descobriu a vocação com a literatura infantil. Uma de suas obras, Juca Jacaru, conta a história de um dragão que achava que era jacaré e um dia, com um forte espirro, surgem suas asas e ele descobre que é um dragão.