29/10/2009 - 18:48

As crianças da loninha estão maiores


Foto: Claudio Tavares/UPF
Circo lotado para assistir as apresentações
Quem esteve em dias anteriores e ontem nas loninhas da 5ª Jornadinha Nacional de Literatura, poderia pensar que as crianças cresceram. Sim, elas cresceram, mas neste dia 29 de outubro não eram as crianças que participavam das atividades. Alunos de 4ª a 8ª séries das escolas da cidade e região puderam conferir de perto alguns de seus autores preferidos. O evento faz parte da programação do maior movimento literário do país, a 13ª Jornada Nacional de Literatura, que acontece até amanhã, 30 de outubro, no Campus I da Universidade de Passo Fundo (UPF).

Autores presentes
Anna Cláudia Ramos é escritora e ilustradora. Ela iniciou a carreira como escritora com a tentativa de encontrar respostas para suas perguntas. Ela é autora de “As Marias”, livro inspirado na ilustração de um menino sentado na tartaruga que viu em uma exposição. Uma das Marias queria estudar e não tinha como, já a outra estudava e não gostava.

Carlo Frabetti é um italiano que desde criança vive na Espanha. Um dos seus livros, Alice no país dos Números, é baseado em Alice no país das Maravilhas, e conta a história de uma criança que odeia matemática, mas que ao viajar para o país dos números descobre que gosta. Ele explica que a matemática não é difícil, mas é ensinada de forma difícil. É preciso ensinar com calma e se aprofundar.

Mario Teixeira é roteirista de teledramaturgia. Escreveu o Cravo e a Rosa e está escrevendo a próxima novela das 19h na rede Globo. Gosta tanto de novelas quanto de livros por gostar de estar próximo do leitor e do expectador.

Fernando Vilela é designer, artista plástico, escritor e ilustrador. Quando criança gostava de pintar, desenhar, ilustrar e ler histórias em quadrinhos. Sua diversão é ler e encontra inspiração para seus desenhos nos livros. Para ele escrever e desenhar é como uma brincadeira.

Rosana Rios é arte-educadora, ilustradora e autora de vários livros para jovens e crianças. Sua carreira foi motivada por um clássico personagem da literatura, o lobo mau. A inspiração surgiu com a contação de histórias para seus filhos que não gostavam de histórias de contos de fadas e adoravam os Três Porquinhos. Inventando histórias para os filhos surgiram os livros, entre eles o Livro das Encrencas.

André Diniz faz seus quadrinhos desde os cinco anos de idade. Para fazer seus personagens procura fazer pesquisas. È um dos responsáveis pelo site Nona Arte.

Ernani Ssó queria ser mágico, mas sequer conseguia segurar as cartas para jogar. Queria ser detetive particular, mas também não teve êxito. Então foi escritor, uma forma de poder ser qualquer coisa. Começou escrever histórias quando pensou em ser pai. Tinha medo de bruxas, por isso seus livros usam muito esses personagens.

Júlio Emilio Braz tornou-se escritor escrevendo roteiros para histórias em quadrinhos. Desde pequeno lia muito, pois sua outra opção era brincar com a irmã. Com 10 anos, tinha certo interesse por Laura, uma coleguinha, que um dia o chamou de feio. Seus livros relatam problemas sociais, como é o caso do Crianças na Escuridão, que fala sobre o dia-a-dia de um grupo de meninas de rua que moram na praça da Sé.

Índigo é jornalista e escritora. Para ela, escrever é a única coisa que faz bem. Gosta de criar personagens e transformá-los. Com 14 anos descobriu que o bisavô escrevia e se viu com a missão de continuar a tradição que começou em 1908. De seu diário faz obras de ficção.

Lourenço Cazarré é escritor e jornalista. Escreve há 30 anos. Suas produções são histórias de contos para adultos e novelas de humor e com temas especiais juvenis.

Lúcia Hiratsuka é artista plástica, ilustradora de livros didáticos e autora de livros infantis. Ela pensava que era japonesa, mas descobriu que era brasileira neta de japoneses. Gosta de contar histórias em desenho. No livro Conto da Montanha ela conta lendas de mistério contadas pelo avô.

Bráulio Tavares é romancista, contista, dramaturgo, compositor e poeta. Em livros como A pedra do meio-dia, traz histórias de literatura de cordel. As histórias em verso podem ser recitadas ou cantadas.

Assessoria de Imprensa Jornadas Literárias