Um bombo gordinho, de braço curto, e um pirulito tentam entrar numa orquestra, mas não são, sozinhos, nem um pouco musicais. Esse é o enredo da história do livro “O pirulito pirou”, do professor de música da Universidade de Passo Fundo (UPF) Sandro Cartier, editado pelo Núcleo de Repercussão Produtores Artísticos, e autografado pelo autor nesta sexta-feira, 30 de outubro, na 13ª Jornada Nacional de Literatura, em Passo Fundo/RS.

O livro é muito mais que uma história interessante que trata da vida em família, em sociedade e da inclusão social. Acompanhado de um CD, a obra é a apresentação de uma orquestra de uma maneira lúdica e especial para crianças entre 3 e 10 anos. Estão gravados os sons de 25 instrumentos e da orquestra com todos eles juntos. Com o exemplo das famílias de instrumentos – cordas, madeiras, percussão e metais – os pequenos aprendem sobre música e também como as pessoas são diferentes umas das outras e precisam ser respeitadas. “A disciplina também está presente no livro. A educação musical está de volta às escolas, por meio da lei promulgada ano passado e que tem três anos para entrar em vigor, e precisa ser popularizada.”, afirma Cartier.

Segundo o autor, toda a história foi escrita de uma vez só. “Foi uma benção. Normalmente a gente fica em cima de um texto tentando mudar e melhorar. Com a história do livro, não. Escrevi uma única vez e mandei para a edição”, comenta o músico-escritor.

Com ilustrações de Elias Monteiro, a obra passou por diversas experiências entre os leitores antes de ser finalizada. Havia uma preocupação muito grande em relação às cores utilizadas e que elas fossem atrativas para a garotada. “Pesquisamos para deixar tudo agradável ao leitor. Algumas cores eu achei melhor do que as outras, mas não atraiam a atenção das crianças”, explica Cartier. A diagramação e a formatação também são atrativas para a faixa etária que o livro foi elaborado.

A obra baseada na música “Pirulito de bate-bate” já tem uma única versão em braile, que serve para o professor trabalhar com seus alunos com dificuldade de visão. Mas a intenção agora é conseguir uma editora que produza em série o livro neste modelo. “Minha experiência em projetos sociais garante que o livro pode ajudar as crianças e ainda ensinar música”, pontua.